A máteria do jornal aRede traz uma entrevista com nossa nutricionista Grazielly Bobato Regailo. Nela a Dra. Grazielly chama a atenção para a importância de se ter uma dieta específica para essa fase.
“É importante que toda gestante saiba que nos primeiros três meses de gestação não é recomendado que se ganhe mais do que dois quilos”, salienta Grazielly.
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Tornar-se mãe é um dos momentos mais intensos da vida de uma mulher. Se preparar para a chegada de um filho é um desafio constante e ao mesmo tempo mágico. O doce gostinho de poder gerar uma vida traz uma expectativa imensa aos pais. O período de transição entre a descoberta da gravidez até o momento de revelar o sexo do bebê a preparar o enxoval é um misto de felicidade e novas sensações. Porém, todo esse processo demanda muitos cuidados, principalmente com a saúde da mamãe, que interfere diretamente no desenvolvimento do bebê.
O primeiro cuidado, logo do início da gestação, é com a sua alimentação. Obviamente, que é preciso ter cautela com certos alimentos, mas o assunto não é um bicho de sete cabeças a ponto de tirar o sono e ser radical na dieta do dia a dia. Segundo especialistas, uma nutrição apropriada desde as primeiras semanas da gravidez garante o funcionamento completo do órgão responsável pela oxigenação e alimentação do feto e do sistema circulatório do bebê.
O risco que o neném terá de contrair doenças durante sua vida começa com a alimentação que ele recebe no decorrer do seu desenvolvimento intra-uterino. “É um período no qual muito se ouve das avós, tias, comadres, vizinhas, amigas e de qualquer outra pessoa que cruza o caminho da gestante sobre o que ela deve fazer, comer ou deixar de fazer. Tudo isso é bom e com boas intensões, mas a gestante precisa ter um filtro e levar todas as suas dúvidas ao profissional da área, pois muita coisa é mito e outras são verdade”, destaca a nutricionista Grazielly Bobato Regailo.
As mudanças no corpo durante uma gravidez são inevitáveis e uma das preocupações da mulher durante sua gestação é com aumento do peso. Tem as que ganham muitos quilinhos, enquanto outras de menos. Essas variações estão ligadas ao Índice de Massa Corporal (IMC), que quanto maior numa grávida, menos peso ela deve obter.
A nutricionista explica que, mulheres que engravidam tendo um IMC abaixo do normal (15 a 18 kg/m²) o ideal é que ganhem entre 12 e 18 quilos ao longo da gestação. Já para as que possuem um IMC pré-gestacional normal (18,1 a 25 kg/m²) recomenda-se ganho de 8 a 10 quilos. Enquanto as que estão com sobrepeso ou obesidade (IMC mais que 25kg/m²) a meta é não atingir mais que oito quilos ao longo da gestação. “É importante que toda gestante saiba que nos primeiros três meses de gestação não é recomendado que se ganhe mais do que dois quilos”, salienta Grazielly.
Grávida de Luiz Miguel, seu primeiro filho, Keyla Santos está na 29ª semana de gestação. Sempre orientada por um profissional ela conta que no dia a dia evita massas, frituras, refrigerantes e muito sal. “Estou com nove quilos a mais. Comecei a incluir mais frutas no cardápio e praticamente aboli alimentos condimentados e embutidos”, detalha sobre a rotina alimentar. Ela relata ainda que, durante os primeiros meses de gravidez sentia muito a necessidade de se alimentar. “Comia de duas em duas horas, e sentia vontade principalmente de alimentos mais cítricos”, comenta.
A futura mamãe diz que se preocupa com a boa forma, principalmente para evitar doenças. A previsão é que o seu neném nasça em meados de junho, e aí a prioridade será dele. “Pretendo amamentar e ir introduzindo exercícios leves, sempre com acompanhamento médico, pois quero seguir a risca todos os cuidados do pós-parto, já que o meu foco é meu bebê”, diz a mamãe de primeira viagem.
Grazielly destaca que, é necessário que a gestante se alimente de forma equilibrada, para evitar as deficiências de nutrientes que podem causar prejuízos a ela e ao bebê, bem como evitar os excessos, seja de peso, calorias ou nutrientes.
Prestes a viver novamente a experiência da maternidade, Evelize Lima que é mãe de Gustavo, de seis anos, espera ansiosa a chegada de Luíza, prevista para as próximas semanas. Ela conta que ganhou menos peso em sua segunda gestação e introduziu uma dieta rica em frutas, legumes e verduras. “Na gravidez do Gustavo engordei 17 quilos, nessa foram 12 até agora. Eu também optei por excluir o leite, por conta do mal estar que me dava toda vez que tomava”, relata. Segundo ela, a rotina saudável contribui muito para o bem estar. “Faço caminhadas curtas, não pensando em perder peso, mas para evitar o inchaço, varizes e para ajudar na hora do parto”, revela a autônoma, que diz também já ter comprado alguns adereços capazes de auxiliar na pratica de exercícios após o parto e a liberação médica.
O peso ideal varia de gestante para gestante. A nutricionista elenca que é necessário um adicional calórico e proteico à dieta da mulher, que é calculado logo após se saber se o peso da gestante está de acordo com a normalidade. “Isso pode ser averiguado na primeira consulta com o obstetra. Caso o peso não esteja adequado, a gestante precisará de uma orientação nutricional ou uma dieta específica durante a gestação”, finaliza Grazielly.
Fonte: Entrevista da Dra. Grazielly ao Jornal aRede
